domingo, 8 de maio de 2011

Giordano Bruno, o grande filósofo do Renascimento.

  “Existe apenas uma Divindade, a qual pode ser encontrada em todas as coisas,
a mãe sustentadora do universo. (…) A Divindade revela-se a Si mesma em todas as coisas…
tudo tem a Divindade latente no seu  interior. . Sem a Sua presença nada poderia existir,
pois Ela é a essência da existência do primeiro ao último ser” 1.


Giordano Bruno
  Giordano Bruno (1548 - 1600)  foi teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano, condenado à morte na fogueira, pela Inquisição romana por heresiaFilho de militares, seu nome de batismo era Filippo, tendo adotado o nome de Giordano quando ingressou na Ordem Dominicana em 1566. Lá, iniciou seus estudos em  filosofia apartir das obras de Aristóteles e de São Tomás de Aquino. 
   Sempre contestador, não tardou a atrair contra si próprio opiniões contrárias e perseguições. Em 1576 abandonou o hábito ao ser acusado de heresia por duvidar da Santíssima Trindade, iniciando uma peregrinação que marcou sua vida. Visitou Gênova, Toulouse, Paris e Londres, onde passou dois anos (1583 a 1585) sob proteção do embaixador francês, freqüentando o círculo de amigos do poeta inglês Sir Philip Sidney. Em 1585, Bruno retornou a Paris, indo em seguida para Marburg, Wittenberg, Praga, Helmstedt e Frankfurt, onde conseguiu publicar vários de seus escritos.
  
   Defensor do humanismo, corrente filosófica do Renascimento (cujo principal representante é Erasmo), Bruno defendia o infinito cósmico e uma nova visão do homem. Embora a filosofia da sua época estivesse baseada nos clássicos antigos, dentre os quais principalmente Aristóteles, Bruno teorizou veementemente contra eles. Sua forma e conteúdo são muito semelhantes às de Platão, escrevendo na forma de diálogos e com a mesma visão.
   Nômade por natureza e modo de vida, Bruno baseou sua filosofia apoiado nas suas intuições e vivências fora do comum. Defendeu teorias filosóficas que misturavam neoplatonismo místico e panteísmo. Acreditava que o Universo é infinito, que deus é a alma universal do mundo e que todas as coisas materiais são manifestações deste princípio infinito. Por tudo isso, Bruno é considerado um pioneiro da filosofia moderna, tendo influenciado decisivamente o filósofo holandês Baruch de Espinoza e o pensador alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz.
  Segundo John Gribbin, em seu livro Science: The History (1543-2001), Bruno filiou-se ao hermetismo, baseado em escrituras egípcias, da época de Moisés. Entre outras referências, esse movimento utilizava os ensinamentos do deus egípcio Thoth, cujo equivalente grego era Hermes (daí hermetismo), conhecido pelos seguidores como Hermes Trimegistus. Bruno teria abraçado a teoria de Copérnico porque ela se encaixava bem na idéia egípcia de um universo centrado no sol.  Deus seria a força criadora perfeita que forma o mundo e que seria imanente a ele. Bruno defendia a crença nos poderes humanos extraordinários, e enfrentou abertamente a Igreja Católica e seus preceitos.

Notas:

1. Bruno, Giovani, Spaccio de la Bestia Trionfante. 

 foi remodelado a partir de publicação nesta fonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário